Boa saúde se faz com democracia e justiça social

O Setembro Amarelo tem reflexões importantes no atual cenário nacional. A reforma trabalhista, o teto de gastos, o aumento do desemprego, a queda na renda, o discurso de ódio de Bolsonaro, fizeram disparar o adoecimento mental

A campanha do Setembro Amarelo tem reflexões importantes no atual cenário nacional. A reforma trabalhista, o teto de gastos, o aumento do desemprego, a queda na renda, o discurso de ódio de Bolsonaro, fizeram disparar o adoecimento mental entre os brasileiros.


Tudo isso fez o Brasil subir ao topo do ranking dos países mais ansiosos do mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). A pesquisa, de 2021, portanto ainda no governo Bolsonaro, revelou que 9,3% dos brasileiros foram diagnosticados com ansiedade patológica.


O aumento começou a ser notado com a polarização política, que dividiu famílias, destruiu amizades e corroeu as relações, ao mesmo tempo em que a crise econômica se agravava, o desemprego crescia e as condições de trabalho se deterioravam. Piorou a partir de 2019, com o incitamento à violência produzido pelo governo Bolsonaro.


A política genocida durante a pandemia agravou o problema e mais pessoas foram identificadas com algum tipo de transtorno mental, como estresse crônico, síndrome do pânico e depressão. Não à toa, a comercialização de antidepressivos e estabilizadores de humor disparou. Dados do Conselho Federal de Farmácia apontam que a venda desses medicamentos cresceu cerca de 58% entre 2017 e 2021. 


Agora, com a vitória da democracia social na eleição de 2020, o país tem o desafio de superar o cenário de terra arrasada, combater a fome e a miséria, recuperar os empregos, valorizar os salários e reconquistar direitos, afinal boa saúde se faz com justiça social.