Governo deve editar MP para a conta de luz ficar mais barata
Para se ter ideia, em 2022, o Brasil liderava o ranking dos países com as tarifas mais caras, comprometendo parte significativa da renda das famílias. Naquele ano, 4,54% do orçamento familiar eram para pagar a energia, índice que superava países europeus, como Espanha (2,85%) e Alemanha (1,72%).
Por Rose Lima
A agenda ultraliberal deixou muitos prejuízos ao Brasil. Agora, a democracia social enfrenta muitos desafios para colocar a locomotiva de volta aos trilhos e desafogar a população. Um dos problemas deixados pelo governo Bolsonaro foi o alto custo da energia elétrica que disparou, sobretudo, depois da privatização da Eletrobras.
Para se ter ideia, em 2022, o Brasil liderava o ranking dos países com as tarifas mais caras, comprometendo parte significativa da renda das famílias. Naquele ano, 4,54% do orçamento familiar eram para pagar a energia, índice que superava países europeus, como Espanha (2,85%) e Alemanha (1,72%).
Os dados são da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia) que, com base em 33 países da OCDE, avaliou as tarifas residenciais. Com o “pepino na mão para descascar”, o governo Lula deve editar nos próximos dias uma Medida Provisória para baratear a conta de luz da população.
Para isso, deve cobrar mais de R$ 25 bilhões da Eletrobras - que ainda não pagou todo o valor para o estado brasileiro - e, com a verba, subsidiar a energia. Segundo projeção da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), divulgada em janeiro, as tarifas teriam alta média de 5,6% neste ano. Com a intervenção, os reajustes devem ficar perto de 2%, reduzindo os impactos aos brasileiros.