Mortes de crianças indígenas é maior

A cada 1 mil indígenas nascidos vivos, 34,7 crianças com até quatro anos morreram. Entre as demais, são 14,2 mortes.

Por Camilly Oliveira

A taxa de mortalidade das crianças de até quatro anos entre indígenas no país é mais do que o dobro entre o restante da população infantil. É o que mostra o relatório final produzido pelo NCPI (Núcleo Ciência Pela Infância), uma ONG que reúne pesquisadores de diferentes áreas e que conta com a parceria de diferentes instituições científicas. 

 

A cada 1 mil indígenas nascidos vivos, 34,7 crianças com até quatro anos morreram. Entre as demais, são 14,2 mortes. Os dados mostram que os indígenas vivem um cenário inadequado. A degradação ambiental, que tem como consequência a redução na disponibilidade de alimentos e a disseminação da malária, é o principal responsável pela crise humanitária na Terra Yanomami, por exemplo. 

 

Os dados são referentes ao período entre 2018 e 2022. Segundo o próprio relatório, há um aumento da exposição a doenças devido a agressões ao meio ambiente, ainda mais respiratórias, prejudiciais a crianças e recém nascidos.

 

Também é citado o número insuficiente de profissionais de saúde e a falta de capacitação. Outro problema envolve as barreiras para obtenção de informações da saúde indígena, o que dificulta o planejamento das medidas no âmbito do SUS.