Sindicato denuncia abusos e demissões

O Sindicato dos Bancários da Bahia realizou, nesta quarta-feira (20/03), manifestações em três agências do Bradesco para denunciar o fechamento de unidades, as demissões, o assédio moral e o adoecimento dos trabalhadores. As mobilizações ocorreram na agência do Rio Vermelho e nas duas unidades localizadas em Brotas, em resposta ao processo de fechamento de agências intensificado em todo o Estado.

Por Rose Lima

O Sindicato dos Bancários da Bahia realizou, nesta quarta-feira (20/03), manifestações em três agências do Bradesco para denunciar o fechamento de unidades, as demissões, o assédio moral e o adoecimento dos trabalhadores. As mobilizações ocorreram na agência do Rio Vermelho e nas duas unidades localizadas em Brotas, em resposta ao processo de fechamento de agências intensificado em todo o Estado.

 


É o caso de Camaçari. O banco vai encerrar, em abril, as atividades de uma das duas agências existentes, prejudicando o município com mais de 300 mil habitantes. O Sindicato está atuando em diversas frentes — inclusive junto ao poder público — para impedir o retrocesso. “A entidade reafirma seu compromisso com a defesa dos empregos, dos direitos dos bancários e da população, que ainda depende do atendimento presencial”, destacou o diretor Ronaldo Ornelas durante o ato.

 


Outro tema que preocupa é o assédio moral. “Reconhecemos que o banco tem o direito de organizar a produção, mas não pode ultrapassar os limites legais com ameaças, constrangimentos e humilhações” ressaltou. 

 


Há relatos de que bancários são pressionados sob o argumento de que, se não mantiverem os resultados "nas alturas", poderão perder o emprego. Também há coação para venda de produtos e situações de exposição vexatória diante dos colegas, uma conduta imoral e ilegal.

 


A saúde mental e física dos trabalhadores precisa ser prioridade. Com a entrada em vigor da Lei 14.738 e das mudanças estabelecidas pela NR-1, a partir de maio, as empresas brasileiras, inclusive os bancos, terão obrigação legal de incluir riscos psicossociais nos Programas de Gerenciamento de Riscos, com foco no bem-estar e na saúde mental dos funcionários. E o Sindicato seguirá vigilante.