Na base da exploração, Itaú lucra R$ 11 bilhões

À custa de demissões, imposição de metas desumanas, fechamento de agências e exploração dos clientes. É desta forma que o Itaú registrou, no primeiro trimestre deste ano, lucro líquido recorrente gerencial de R$ 11,128 bilhões, crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2024. 

Por Ana Beatriz Leal

À custa de demissões, imposição de metas desumanas, fechamento de agências e exploração dos clientes. É desta forma que o Itaú registrou, no primeiro trimestre deste ano, lucro líquido recorrente gerencial de R$ 11,128 bilhões, crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2024. 
 

É da natureza do capitalismo pensar no lucro, mas é preciso valorizar quem contribui significativamente para o aumento dos ganhos. Criar um ambiente de trabalho saudável, sem assédio moral, e ter um olhar mais humano. 
 

A população também sofre. O Itaú fechou 227 agências em 2024. O atendimento presencial inevitavelmente fica comprometido. Sem a mínima necessidade. A margem financeira do banco somou R$ 30,322 bilhões, frente a R$ 26,880 bilhões um ano antes e R$ 29,388 bilhões no último trimestre. 
 

O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado aumentou para 22,5%, ante 21,9% no mesmo período de 2024 e 22,1% no quarto trimestre. O banco superou os resultados do Santander (17,4%) e do Bradesco (14,4%). Uma pena que a bonança financeira não represente uma gestão acolhedora e humanizada.