Gás para todos e o combate a agenda neoliberal

O debate escancara uma contradição gritante: as distribuidoras continuam lucrando, o povo pagando caro, mas a proposta de subsidiar diretamente quem mais precisa tem resistência.

Por Julia Portela

Estipulada em R$ 5 bilhões para 2026, a ampliação do auxílio gás deve beneficiar cerca de 17 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade no país. A medida representa um avanço significativo nas políticas públicas de inclusão e proteção social, principalmente diante dos altos custos dos itens essenciais.

 

 

A iniciativa do governo Lula reforça o combate à insegurança alimentar. Ano passado, 14,7 milhões de pessoas deixaram a condição. O gás de cozinha é peça-chave para a melhora no cenário: sem ele, não há como preparar alimentos em casa, realidade que penaliza, sobretudo, os mais pobres.

O novo programa, agora Gás para Todos, já foi reformulado três vezes, mas enfrentou resistência do Congresso Nacional, controlado pela extrema-direita alinhada aos interesses alinhados ao mercado e à agenda ultraliberal.

 

 

O debate escancara uma contradição gritante: as distribuidoras continuam lucrando, o povo pagando caro, mas a proposta de subsidiar diretamente quem mais precisa tem resistência. A soberania social precisa ser colocada no centro da agenda. A permanência do modelo atual, que transfere renda para o topo da pirâmide enquanto sufoca os de baixo, perpétua uma sociedade desigual e excludente.