Enquanto demitem, bancos priorizam IA
Dados da 4ª edição da pesquisa da Bain & Company confirmam que o medo faz sentido. A Inteligência Artificial tem se tornado prioridade para 67% das empresas brasileiras em 2025. Além disto, 25% das organizações no país já utilizam a tecnologia em alguma aplicação. Em 2024, o índice era de 12%.
Por Ana Beatriz Leal
Seja em uma roda de conversa informal, nos corredores das empresas ou em eventos que envolvem o mundo do trabalho, o uso da Inteligência Artificial amedronta os trabalhadores, que temem a substituição da mão de obra pela IA. De fato, a automação tem causado transformações no mercado.
Dados da 4ª edição da pesquisa da Bain & Company confirmam que o medo faz sentido. A Inteligência Artificial tem se tornado prioridade para 67% das empresas brasileiras em 2025. Além disto, 25% das organizações no país já utilizam a tecnologia em alguma aplicação. Em 2024, o índice era de 12%.
Para 17% das companhias, a IA já representa o principal destino de investimentos. No sistema financeiro, segundo a Bloomberg Intelligence (BI), instituições como Citigroup, JPMorgan Chase & Co e Goldman Sachs preveem que os maiores bancos do mundo devem reduzir em cerca de 200 mil trabalhadores nos próximos três a cinco anos. A previsão é de uma redução de 3% na força de trabalho total.
O relatório do Citigroup estima que 54% dos empregos no setor bancário são passíveis de automação. O Sindicato dos Bancários da Bahia não se mostra contrário aos avanços tecnológicos, mas se preocupa de que forma o sistema financeiro tem usado a IA para reduzir emprego e pontos de atendimento.