Emprego bancário em queda livre
Em mais uma prova de completa desconexão com o compromisso de gerar postos de trabalho e ajudar no crescimento do país, os bancos aniquilam os empregos e abusam das terceirizações. No primeiro trimestre deste ano foram eliminadas 1.197 vagas, alta de 67,8% em relação ao mesmo período de 2024.
Por Ana Beatriz Leal
Em mais uma prova de completa desconexão com o compromisso de gerar postos de trabalho e ajudar no crescimento do país, os bancos aniquilam os empregos e abusam das terceirizações. No primeiro trimestre deste ano foram eliminadas 1.197 vagas, alta de 67,8% em relação ao mesmo período de 2024. Direção completamente oposta do mercado de trabalho formal brasileiro, que teve saldo positivo de 654.503 novos empregados.
No setor bancário, a navalha tem sido instrumento usado com frequência. Em 12 meses foram 7.473 postos a menos. Apenas em março, 1.111 vagas bancárias foram eliminadas. Um contraste brutal com a lucratividade bilionária do sistema financeiro.
Os bancos múltiplos com carteira comercial foram os que mais demitiram, com o fechamento de 5.408 vagas em 12 meses. No caso da Caixa, responsável pela extinção de 2.901 postos, os PDVs (Programas de Desligamento Voluntário) influenciaram no resultado.
Mais um dado que comprova que as funções bancárias continuam na mira é que houve a retração de 9.105 postos em um ano. Caixas, escriturários e gerentes são os principais atingidos. A área de Tecnologia da Informação foi a única com crescimento: mais 1.842 vagas, o que evidencia a reconfiguração do setor.