Petrobras baixa gasolina, empresas não repassam
Apesar do anúncio, a queda não chega ao bolso do cidadão. Em estados como a Bahia, o preço médio da gasolina nos postos segue acima de R$ 6,40.
Por Redação
Junho começa com redução de 5,6% no preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras. Com o corte, o valor médio do litro saiu de R$ 3,02 para R$ 2,85, queda de R$ 0,17. Pode parecer pouco, mas representa redução real de 17,5% se comparada à inflação acumulada desde dezembro de 2022.
Apesar do anúncio, a queda não chega ao bolso do cidadão. Em estados como a Bahia, o preço médio da gasolina nos postos segue acima de R$ 6,40. A discrepância revela o que já se tornou regra em um sistema movido por interesses privados. Enquanto a Petrobras tenta conter os preços, os empresários mantêm os valores elevados para preservar os lucros.
Na Bahia, o cenário é mais. Privatizada durante o governo Bolsonaro, a antiga Rlam (Refinaria Landulpho Alves), controlada hoje pela Acelen, mantém os valores lá em cima. A lógica perversa, herança do projeto de desmonte ultraliberal, transforma um bem essencial em produto de luxo.