Democracia social muda o mercado de trabalho 

No Brasil, caiu a proporção de jovens de 15 a 29 anos que não trabalham e nem estudam, tampouco se qualificam profissionalmente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o recuo foi de 19,8% em 2023 para 18,5% em 2024.

Por Ana Beatriz Leal

Nos últimos anos, o Brasil vivenciou um retrocesso no mercado de trabalho, reflexo das políticas ultraliberais dos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. A reforma trabalhista e a flexibilização de direitos fragilizaram as normas, aumentando a informalidade e as desigualdades. Agora, com a da democracia social, a realidade é outa. 
 

No Brasil, caiu a proporção de jovens de 15 a 29 anos que não trabalham e nem estudam, tampouco se qualificam profissionalmente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o recuo foi de 19,8% em 2023 para 18,5% em 2024. É o menor índice da série histórica do IBGE, que passou por atualização em 2019.
 

A luta do movimento sindical por uma reestruturação do mercado de trabalho é constante. Passa pela necessidade de valorização da negociação coletiva, a ampliação da educação e qualificação profissional, e pela criação de empregos formais e bem remunerados. Em tempos de aumento da terceirização e pejotização, inclusive no setor bancário, assegurar os direitos dos trabalhadores é fundamental. 
 

Também é importante garantir a inclusão de jovens, mulheres e negros, grupos historicamente excluídos do mercado de trabalho. A agenda da democracia social não visa apenas o crescimento econômico, mas redução das desigualdades e promoção de bem-estar da população.