Os bancos financiam a mídia corporativa

A mídia alternativa, que inclui a comunicação dos sindicatos, tem papel preponderante para a construção de uma nova ordem internacional e afirmação da democracia no Brasil, apontou o jornalista Joaquim de Carvalho, do site Brasil 247, ao falar sobre o tema “Importância das mídias alternativas para a democracia”, na Conferência da Bahia e Sergipe.

Por Rogaciano Medeiros

Segundo palestrante da manhã de sábado da 27ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, que começou na sexta-feira e se estende até domingo, o jornalista Joaquim de Carvalho, do site Brasil 247, ao falar sobre o tema “Importância das mídias alternativas para a democracia”, lembrou não ser possível confiar na chamada grande imprensa, comercial, corporativa, pois é financiada pelos bancos, quer dizer, o sistema financeiro, sem nenhum compromisso com a democracia social e muitos menos com o bem-estar da maioria da população.

 

O jornalista não tem dúvida de que os ataques de Trump e dos Estados Unidos, apoiados por Bolsonaro e os bolsonaristas, com a tentativa de intromissão na Justiça brasileira e a sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros, miram, na realidade, o Brics, por ameaçar a hegemonia do imperialismo (EUA e Europa) ao defender a multipolaridade, a autodeterminação dos povos e o direito de os países efetuarem transações comerciais em moedas próprias, o que acelera a desdolarização.

 

Justamente por isto, Joaquim de Carvalho considera que a mídia alternativa, que inclui a comunicação dos sindicatos, tem papel preponderante para a construção de uma nova ordem internacional e afirmação da democracia no Brasil. Para ele, a internet ajudou muito a fomentar vozes credenciadas contra-hegemônicas ao projeto ultraliberal, propagado e defendido pela imprensa corporativa, de cunho essencialmente ideológico.

 

Logo na abertura da palestra, o jornalista disse que se sentia em casa na conferência porque o pai foi bancário, a irmã também e que o esforço da categoria foi fundamental para ele compreender a luta de classe e se inserir no movimento dos trabalhadores, defesa da democracia e da cidadania.