Saúde Caixa na pauta

A saída existe e passa por um caminho claro: reajuste zero para os trabalhadores e fim do teto que estrangula o plano. Só assim será possível reabrir a negociação real sobre o custeio e garantir a sustentabilidade do Saúde Caixa. Nesta terça-feira (12/08), uma nova reunião colocará a direção do banco diante da escolha assumir a responsabilidade e proteger um direito essencial ou seguir empurrando a conta para quem já carrega o peso maior. 

Por Camilly Oliveira

O Saúde Caixa, conquista histórica dos empregados da Caixa, está sob ameaça. O déficit acumulado passa de R$ 346 milhões e pode bater R$ 700 milhões até dezembro. O rombo tem raiz no teto imposto pelo estatuto do banco, que congela a participação da empresa no custeio e empurra o aumento das despesas para o bolso dos trabalhadores. 

 


Sem a ampliação da contribuição, qualquer saída será desumana, com mensalidades dobrando e expulsando milhares de usuários do plano. As projeções para 2026 acendem o alerta de déficits ainda maiores, com risco de reajustes estratosféricos. 

 


A cobrança por faixa etária, vendida como solução, é, na verdade, um golpe que quebra a solidariedade e desmonta o pacto entre gerações. O modelo exclui aposentados, encarece a permanência de quem mais precisa e desmonta o benefício pós-emprego, transformando o direito à saúde em privilégio para poucos. 

 


A saída existe e passa por um caminho claro: reajuste zero para os trabalhadores e fim do teto que estrangula o plano. Só assim será possível reabrir a negociação real sobre o custeio e garantir a sustentabilidade do Saúde Caixa. Nesta terça-feira (12/08), uma nova reunião colocará a direção do banco diante da escolha assumir a responsabilidade e proteger um direito essencial ou seguir empurrando a conta para quem já carrega o peso maior.