Analfabetismo, face oculta da exclusão
Quase um quinto dos jovens brasileiros entre 15 e 29 anos que estão fora da escola e do mercado de trabalho vive em condição de analfabetismo funcional, segundo o Inaf (Indicador de Analfabetismo Funcional) 2024. São 17% de uma geração incapaz de compreender plenamente um texto simples ou realizar operações matemáticas básicas.
Por Camilly Oliveira
Quase um quinto dos jovens brasileiros entre 15 e 29 anos que estão fora da escola e do mercado de trabalho vive em condição de analfabetismo funcional, segundo o Inaf (Indicador de Analfabetismo Funcional) 2024. São 17% de uma geração incapaz de compreender plenamente um texto simples ou realizar operações matemáticas básicas.
Entre a população de 15 a 64 anos, o índice atinge 29%, nível semelhante ao de 2018 e pior do que o de 2009. Os dados mostram um retrocesso travestido de estagnação. O quadro faz parte de uma engrenagem que combina má qualidade educacional, desigualdade estrutural e políticas públicas esvaziadas.
Jovens com alfabetizados plenamente têm quase o triplo de chances de conseguir emprego em relação aos analfabetos funcionais. Durante os governos Temer e Bolsonaro programas importantes foram enfraquecidos. É o caso do a EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Na outra ponta, cresce a cobrança por produtividade e adaptação tecnológica de quem sequer teve acesso pleno ao direito de aprender.