Na democracia social, a pobreza reduz
A volta da democracia social, a adoção de políticas públicas como Bolsa Família, valorização do salário mínimo entre outras, os 50% mais pobres viram a renda crescer quase cinco vezes mais do que a dos 10% mais ricos.
Por Julia Portela
Entre maio de 2023 e julho de 2025, o Brasil deu um passo histórico no combate à pobreza. Dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome mostram que 6,55 milhões de famílias saíram da linha da pobreza no Cadastro Único, representando mais de 14 milhões de brasileiros que deixaram de sobreviver com menos de R$ 218,00 por mês. O avanço não veio do acaso, é fruto de um projeto político comprometido com a distribuição de renda e a valorização do trabalho.
A volta da democracia social, a adoção de políticas públicas como Bolsa Família, valorização do salário mínimo entre outras, os 50% mais pobres viram a renda crescer quase cinco vezes mais do que a dos 10% mais ricos. Em 2025, a renda do trabalho na base avançou 9,8%, contra 2% entre os mais ricos. Não se trata apenas de crescimento econômico, mas de crescimento com justiça social.
O Brasil atingiu, ano passado, o menor nível de desigualdade desde o início da série histórica, em 1960. Os dados de 2025 confirmam que essa trajetória de redução da desigualdade segue firme.
O avanço, no entanto, não veio sem resistência. Mesmo diante de sabotagens constantes da extrema direita no Congresso Nacional, a justiça social tem avançado. As tentativas de inviabilizar programas sociais e desmontar o Estado não têm sido suficientes para barrar o que já é um dos maiores movimentos de inclusão da História do Brasil.