Cuidado com prematuros

O parto prematuro, embora também possa resultar em bebês saudáveis, está diretamente ligado à imaturidade dos órgãos e sistemas dos recém-nascidos.

Por Julia Portela

Em 2023, mais de 303 mil partos prematuros foram registrados no Brasil, casos em que o nascimento ocorre antes das 37 semanas de gestação. O número coloca o país entre os 10 com maior incidência no mundo e escancara mais uma ferida aberta pelos anos de desmonte das políticas públicas de saúde, em especial no cuidado com gestantes em situação de vulnerabilidade.

 


O parto prematuro, embora também possa resultar em bebês saudáveis, está diretamente ligado à imaturidade dos órgãos e sistemas dos recém-nascidos. O próprio Ministério da Saúde reconhece que essa realidade exige atenção redobrada e ação firme do Estado para garantir o direito à vida com dignidade desde o nascimento.

 


Em resposta à tragédia silenciosa que atinge milhares de famílias, foi sancionada pelo presidente Lula a Lei nº 14.820/24, que torna prioridade a redução da mortalidade infantil entre bebês prematuros e também a queda nos óbitos maternos. Um avanço importante diante de um histórico recente marcado por negligência e abandono da saúde pública.

 


A legislação prevê medidas como o fortalecimento do pré-natal com foco na conscientização das gestantes sobre sinais de alerta, acompanhamento especial para casos de risco, ampliação da presença de profissionais capacitados em reanimação neonatal, além de UTI especializada e atendimento por equipe multidisciplinar. Também assegura o direito de os pais acompanharem integralmente os cuidados com os filhos prematuros.