Itaú desmonta o atendimento

A estimativa de que o Itaú ultrapasse os R$ 11 bilhões de lucro no terceiro trimestre deste ano e se isole na liderança do ranking de lucratividade do setor escancara a face cruel do banco. A empresa castiga trabalhadores e população, demite e fecha agências sem nenhuma “cerimônia”.

Por Ana Beatriz Leal

A estimativa de que o Itaú ultrapasse os R$ 11 bilhões de lucro no terceiro trimestre deste ano e se isole na liderança do ranking de lucratividade do setor escancara a face cruel do banco. A empresa castiga trabalhadores e população, demite e fecha agências sem nenhuma “cerimônia”.

 


Apesar do lucro bilionário – foram R$ 22,6 bilhões no primeiro semestre –, o Itaú já fechou 227 unidades em todo o país, inclusive em municípios que contavam com apenas uma agência, deixando milhares de clientes desassistidos e bancários desnorteados, temendo demissões ou realocações impensadas. 

 


O fato não é novo. É parte de uma inadequada estratégia para gastar menos e lucrar mais. Mesmo que isto signifique abandono e adoecimento. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), entre 2018 e 2025, mais de 2 mil agências fecharam as portas. Além disto, de março de 2011 a junho deste ano, 18.247 postos de trabalho foram eliminados.

 


Não é difícil lembrar das recentes cerca de mil demissões de funcionários que estavam em trabalho remoto e híbrido sob a justificativa de baixa produtividade. 

 


A maldade não para por aí. O Itaú também encerrou o subsídio oferecido para o plano de saúde dos aposentados, o que gerou revolta e aumento dos valores da mensalidade, inviabilizando um direito essencial à vida de quem tanto já fez pelo banco.