Copom define nesse quarta taxa Selic
Com a taxa em níveis estratosféricos, o país ocupa o topo do ranking mundial de juros reais, punindo a população e impedindo o desenvolvimento nacional.
Por Julia Portela
O Copom define nesta quarta-feira (05/11) o novo índice da Selic. No entanto, o debate sobre juros no Brasil permanece distorcido, atendendo aos interesses do sistema financeiro e ignorando as necessidades do país. Nas duas últimas reuniões, em julho e setembro, o Banco Central manteve a taxa básica de juros em 15% ao ano, índice que sufoca a economia, paralisa o crédito e beneficia apenas o rentismo.
Não por acaso, financiar um carro ou uma casa significa pagar o equivalente a dois ou três bens. Enquanto trabalhadores lutam para acessar crédito básico, famílias se veem afundadas em dívidas, e a inadimplência cresce.
Com a taxa em níveis estratosféricos, o país ocupa o topo do ranking mundial de juros reais, punindo a população e impedindo o desenvolvimento nacional. Manter juros acima de dois dígitos é um projeto político que escolhe banqueiros e rentistas, e abandona os trabalhadores. Reduzir a Selic e retomar uma política monetária voltada à produção, ao emprego e à vida digna é urgente.
