Fortalecer a saúde dos bancários 

Diante das transformações no setor bancário, com aumento da cobrança por produtividade, resultados inalcançáveis, sobrecarga e aumento do adoecimento, fortalecer a defesa da saúde dos trabalhadores é fundamental. 
 

A ação sindical deve estar centrada na vida, dignidade e direitos dos bancários. Esta é a missão do Coletivo Nacional de Saúde, que se reuniu nesta quinta-feira (27/11), de forma híbrida, para fazer o planejamento de 2026. 
 

Uma das principais preocupações é o alto índice de adoecimento, sobretudo por conta de transtornos psicológicos. De 2023 a 2024, os afastamentos por saúde mental, somando benefícios com ou sem ligação com o trabalho, saiu de 283 mil para 471 mil, crescimento de 66%. A categoria bancária domina o ranking. 
 

Por conta do cenário, o movimento sindical tem o desafio de enfrentar as causas estruturais do adoecimento e garantir proteção, acolhimento e reparação aos trabalhadores atingidos.
 

A partir dos debates, que contaram com a participação dos diretores dos departamentos de saúde do Sindicato dos Bancários da Bahia, Célio de Jesus, e da Federação da Bahia e Sergipe, Alan Gomes, o coletivo definiu algumas metas centrais, entre as quais: dar visibilidade pública à situação de adoecimento; ouvir e dialogar com os bancários, criando espaços permanentes de escuta; envolver dirigentes e delegados sindicais no enfrentamento ao problema; cobrar atuação dos órgãos públicos responsáveis por promover e fiscalizar a saúde; além de negociar mudanças estruturais na gestão de metas dos bancos. 
 

Defesa da saúde e da vida dos bancários; enfrentamento ao assédio e às metas abusivas; regulamentação da tecnologia e da inteligência artificial; produção e sistematização de dados; e a defesa do SUS e das políticas públicas de saúde foram elencadas como prioridades do coletivo para 2026.