Brasil aposta no clima para proteger o amanhã
Construído com ampla participação social desde 2023, o Plano Clima também afirma um compromisso democrático. É resultado do debate público, reforça obrigações internacionais assumidas pelo Brasil e projeta o país como referência no enfrentamento da emergência climática. Cuidar do clima significa preservar vidas, reduzir desigualdades e sustentar a própria democracia.
Por Camilly Oliveira
A aprovação do Plano Clima pelo CIM (Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima), na segunda-feira (15/12), consolida uma virada estratégica na resposta do Estado brasileiro a crise ambiental até 2035. O documento organiza 16 agendas de adaptação e 8 planos setoriais de mitigação, voltados à redução das emissões e à proteção do país diante de eventos extremos cada vez mais frequentes.
O eixo central é alinhar políticas públicas e investimentos à meta brasileira de cortar entre 59% e 67% dos gases de efeito estufa até 2035, em consonância com o limite global de 1,5 °C.
O plano orienta decisões em áreas-chave como mobilidade urbana, energia, indústria e financiamento, ao priorizar eletrificação do transporte, expansão de biocombustíveis e mecanismos de crédito para atividades de baixo carbono. Ao integrar União, estados, municípios e setor produtivo, o governo aposta na coordenação como instrumento climático e econômico.
A agenda ambiental passa a dialogar com desenvolvimento, emprego e infraestrutura, em um país que já dispõe de matriz elétrica majoritariamente renovável e convive com secas, enchentes e pressões sobre as cidades.
Construído com ampla participação social desde 2023, o Plano Clima também afirma um compromisso democrático. É resultado do debate público, reforça obrigações internacionais assumidas pelo Brasil e projeta o país como referência no enfrentamento da emergência climática. Cuidar do clima significa preservar vidas, reduzir desigualdades e sustentar a própria democracia.
