Humanização do luto materno é um direito

A política tem como objetivo garantir acolhimento digno às mulheres e famílias enlutadas, reconhecendo o impacto profundo dessa perda.

Por Julia Portela

Em 90 dias entra em vigor a Política Nacional de Humanização do Luto Materno, sancionada pelo presidente Lula. A nova lei trata do registro de crianças nascidas mortas e representa um avanço importante para trabalhadoras que enfrentam a dor da perda gestacional, fetal ou neonatal — uma realidade muitas vezes invisibilizada e marcada por atendimentos desumanizados.

 

 

A política tem como objetivo garantir acolhimento digno às mulheres e famílias enlutadas, reconhecendo o impacto profundo dessa perda. Trata-se de uma medida que dá visibilidade a uma questão sensível, com potencial de reduzir traumas e vulnerabilidades físicas e emocionais.

 

 

Entre as diretrizes, está a preferência pelo atendimento em casa ou na unidade de saúde mais próxima, respeitando o momento delicado vivido por essas famílias. A legislação lança luz sobre a vulnerabilidade feminina e a urgência de tratar o luto como parte legítima da experiência materna.

 

 

Essa pauta precisa entrar no debate corporativo. As trabalhadoras que enfrentam perdas estão sendo devidamente assistidas? Reconhecer esse direito é um passo fundamental para construir ambientes de trabalho mais empáticos e humanos.