Empregados dizem não ao reajuste do Saúde Caixa
Em um cenário de alta pressão por metas, sobrecarga e adoecimento mental crescente, o aumento no orçamento familiar com saúde é inadmissível.
Por Julia Portela
As agências e departamentos da Caixa amanheceram sob protesto, nesta terça-feira (22), Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. Em Salvador, a manifestação se concentrou na unidade da Pituba, na avenida Manoel Dias da Silva. São muitos os problemas que giram em torno do convênio médico, sob sério risco.
Além do fim do teto de 6,5% da folha de pagamento, os empregados reafirmaram posicionamento contrário a qualquer reajuste na mensalidade. O diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Érico de Jesus, que conduziu o ato, explicou a tentativa do banco de empurrar os custos para os trabalhadores e destacou. “Não vamos aceitar passivamente. Exigimos respeito e a manutenção de um plano de saúde digno, que realmente atenda às necessidades de quem constrói diariamente os resultados da empresa”.
Para se ter ideia, embora o acordo coletivo específico estabeleça que o banco arque com 70% dos custos do plano e os usuários com 30%, hoje, são os empregados quem pagam a conta. A Caixa vem reduzindo a participação ano a ano e hoje fica com apenas 45%. “Os 55% restantes caem no colo dos empregados”, alertou a diretora da Federação da Bahia e Sergipe, Karem Santana.
Em um cenário de alta pressão por metas, sobrecarga e adoecimento mental crescente, o aumento no orçamento familiar com saúde é inadmissível. “Os bancos públicos adotam a lógica dos bancos privados: cobrança excessiva de resultados e descaso com a saúde”, afirmou o presidente do Sindicato, Elder Perez.
O Sindicato dos Bancários da Bahia reforça: a luta é coletiva e vai continuar. A mobilização nas unidades é fundamental para pressionar a direção do banco. Quando a representação sindical sentar à mesa de negociação, precisa saber que os trabalhadores estão organizados e dispostos a lutar pelos direitos.