Saúde Caixa: avanços e desafios
Entre as principais demandas, reajuste zero nas mensalidades, fim do teto de gastos com a saúde dos empregados, manutenção dos princípios do convênio, melhoria da rede credenciada e extensão do direito de manutenção do plano pós-emprego para contratados após 2018.
Por Camilly Oliveira
A defesa do Saúde Caixa justo ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (15/07), com a primeira reunião para renovação do acordo coletivo específico. A CEE (Comissão Executiva dos Empregados) apresentou uma pauta estratégica, com pontos essenciais para o plano.
Entre as principais demandas, reajuste zero nas mensalidades, fim do teto de gastos com a saúde dos empregados, manutenção dos princípios do convênio, melhoria da rede credenciada e extensão do direito de manutenção do plano pós-emprego para contratados após 2018.
A direção da empresa ressaltou que trataria exclusivamente do Saúde Caixa. Contudo, a CEE também enfatizou a urgência de discutir paralelamente outros assuntos, como rumores de reestruturação, a situação das agências digitais, problemas no acesso remoto (VPN) e o programa Super Caixa.
Um dos avanços foi a aceitação por parte do banco em estudar a viabilidade de compartilhar as redes de atendimento de planos de saúde de outras estatais, uma proposta que pode ampliar as opções de atendimento. Foi ressaltada a necessidade de fim do teto de gastos, fixado em 6,5% da folha de pagamentos. O limitador compromete a capacidade do banco de custear os 70% do Saúde Caixa, conforme estabelecido no ACT. Desde 2021, a instituição tem ficado abaixo do percentual, prejudicando a sustentabilidade financeira do convênio.
Outro ponto importante foi a extensão do direito ao Saúde Caixa após a aposentadoria para os empregados admitidos após 2018. O representante da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, reforçou a importância das três premissas do plano: solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional. "Não é justo que quem contribuiu a vida inteira tenha mensalidade diferenciada quando chegar a aposentadoria", afirmou.
A Caixa se comprometeu a levar as reivindicações para análise interna e agendou uma nova reunião para a primeira quinzena de agosto, com possíveis datas para 14 ou 15 de agosto, no Rio de Janeiro. Também foi acordada a realização de negociações paralelas sobre os demais pontos pendentes.
Adicionalmente, está marcada para 22 de julho a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre o "banco e bancário do futuro", que tratará de diversas questões relacionadas à carreira dos empregados da Caixa.