Veja como a isenção do IR alivia o bolso
O reajuste reduz a tributação sobre a classe média, que historicamente carrega o peso da arrecadação, e corrige parte da defasagem da tabela acumulada há quase uma década.
Por Julia Portela
A vitória da democracia social e a ampliação da isenção do Imposto de Renda mudam a dinâmica da renda no país. O trabalhador que ganha até R$ 5 mil mensais deixará de pagar IR e terá aumento imediato de R$ 312,89 por mês no salário. Por ano, chega a R$ 4 mil, valor suficiente para cobrir despesas essenciais, como alimentação ou transporte.
Atualmente, apenas quem recebe até R$ 3.036,00 está isento. Cerca de 10 milhões de pessoas passam a integrar o grupo de isentos a partir de 2026, alcançando mais de 26,6 milhões de contribuintes, cerca de 65% de todos os declarantes. O reajuste reduz a tributação sobre a classe média, que historicamente carrega o peso da arrecadação, e corrige parte da defasagem da tabela acumulada há quase uma década.
Para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350, o novo modelo cria uma faixa de redução progressiva, que também representa alívio no bolso. Um trabalhador com renda mensal de R$ 7 mil, por exemplo, economizará cerca de R$ 46,61 por mês. O impacto prático é discreto, mas aponta para uma reestruturação gradual do sistema tributário, com potencial de ampliar o consumo interno e aliviar a sobrecarga dos assalariados, que seguem sendo a base do financiamento público no país.
