Santander prioriza acionistas e reduz empregos

O banco aprovou o pagamento de R$ 620 milhões em Juros sobre o Capital Próprio, uma forma de distribuir parte do lucro entre os próprios acionistas, com previsão de depósito em fevereiro de 2026, em um momento marcado pela redução das redes de atendimento e pela diminuição do número de bancários.

Por Itana Oliveira

O Santander segue ampliando os repasses aos acionistas enquanto fecha agências e reduz postos de trabalho no Brasil. O banco aprovou o pagamento de R$ 620 milhões em Juros sobre o Capital Próprio, uma forma de distribuir parte do lucro entre os próprios acionistas, com previsão de depósito em fevereiro de 2026, em um momento marcado pela redução das redes de atendimento e pela diminuição do número de bancários.

 

Quem permanece no banco sente diretamente os efeitos dessa política. Demissões sucessivas resultam em acúmulo de funções, metas excessivas, falta de segurança nas agências e aumento dos casos de adoecimento psicológico. Esse cenário se repete enquanto o Santander atua nas negociações salariais para reduzir direitos, limitar a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e cortar benefícios históricos da categoria.

 

Com a campanha salarial de 2026 se aproximando, é de suma importância a mobilização dos trabalhadores bancários, diante de um banco que insiste em reajustes abaixo da inflação e na retirada de conquistas. A organização coletiva é fundamental para defender direitos, garantir melhores condições de trabalho e enfrentar os ataques previstos para a próxima campanha.