Dignidade menstrual é um direito de todas
Um programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual começou a funcionar este ano. É uma iniciativa positiva, no entanto a luta pela dignidade menstrual ainda é grande. São 31 mil farmácias credenciadas em todo o país, mas o processo requer a apresentação de autorização emitida no aplicativo Meu SUS Digital, além dos documentos de identidade.
Por Camilly Oliveira
A pobreza menstrual é uma questão de saúde pública. Uma falha gritante no sistema. Mulheres, especialmente as mais pobres e marginalizadas, lutam diariamente por algo tão básico quanto um absorvente. Uma em cada quatro meninas no Brasil falta à escola durante o período menstrual por não ter acesso a absorventes.
Um programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual começou a funcionar este ano. É uma iniciativa positiva, no entanto a luta pela dignidade menstrual ainda é grande. São 31 mil farmácias credenciadas em todo o país, mas o processo requer a apresentação de autorização emitida no aplicativo Meu SUS Digital, além dos documentos de identidade.
É importante lembrar que para o acesso de forma gratuita é necessário estar inscrito no CadÚnico e se encontrar em uma das situações elegíveis, como vulnerabilidade social, ser estudante baixa renda ou estar em situação de rua.
A sociedade precisa parar de tratar a menstruação como um tabu e começar a vê-la como o que é: uma questão de saúde pública. Não é um luxo reservado para algumas, mas, sim, um direito de todas as mulheres.
