Negras são as mais afetadas pelo câncer de mama na Bahia

Dados sobre o câncer de mama na Bahia. Entre 2021 e 2024, as pardas representaram 56% dos óbitos pela doença, seguidas pelas brancas, com percentual de 22,2%, e as pretas 18,5%. É o que aponta dados da Sesab (Secretaria da Saúde da Bahia). 

Por Angélica Alves

Dados sobre o câncer de mama na Bahia. Entre 2021 e 2024, as pardas representaram 56% dos óbitos pela doença, seguidas pelas brancas, com percentual de 22,2%, e as pretas 18,5%. É o que aponta dados da Sesab (Secretaria da Saúde da Bahia). 

 


Apesar de ser a taxa mediana de ocorrência da doença se superior entre as brancas, as mulheres negras têm o diagnóstico em estágios mais avançados, em percentual de 60,1%. A taxa de mortalidade é 3,83 vezes maior. 


Este câncer é o tipo que mais acomete as mulheres no Brasil, sendo que a estimativa é de 4.230 casos para a neoplasia somente na Bahia, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). 

 


A pesquisa também mostra que as baianas negras têm maior probabilidade de desenvolver o tumor por viver em áreas subdesenvolvidas, ter níveis de escolaridade mais baixo, viver sem parceiro e consumir mais álcool em comparação com as brancas. Ainda está relacionado a outros fatores como os socioeconômicos, acesso desigual ao sistema de saúde às disparidades no diagnóstico precoce. 

 


Neste mês, dedicado a conscientização sobre o câncer de mama, vários exames são oferecidos em todo o país, inclusive na Bahia. A ideia é ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e reforçar a importância da prevenção.