Fechar agências dá lucro para os bancos
Com esta política, funcionários com décadas de casa são descartados. Muitos deles, com mais de 30 anos de serviço, vivem agora a angústia da incerteza.
Por Julia Portela
Na manhã desta terça-feira (04/06), o Sindicato dos Bancários e a Federação da Bahia e Sergipe realizam manifestação em frente à agência do Itaú localizada no Brotas Center, em Salvador, para protestar contra o fechamento das agências de Brotas e do Cabula. Mais um capítulo do desmonte promovido pelo banco, que ignora os impactos sociais e trabalhistas em nome da maximização da lucratividade.
Mesmo com lucros bilionários – R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano - o Itaú segue promovendo uma reestruturação cruel, que desrespeita trabalhadores e penaliza a população. O banco investe milhões em marketing, cultura, esporte e lazer, tentando construir uma imagem positiva e socialmente responsável.
No entanto, a prática é outra: adota uma lógica ultraliberal de potencialização do lucro a qualquer custo, abandonando o atendimento presencial e negligenciando o papel social da instituição financeira.
Os clientes, especialmente os mais velhos e das periferias, têm as necessidades ignoradas. O atendimento humano, cada vez mais escasso, é tratado como custo dispensável. Na contramão da propaganda, o banco fecha agências, demite trabalhadores e deixa comunidades inteiras desassistidas.