Brasil é o 4° que mais mata ativistas ambientais

Em 2024, o país foi o quarto que mais matou ativistas ambientais, segundo relatório da ONG Global Witness, publicado nesta quarta-feira (17/09). Com 12 mortes no ano passado, ficou atrás apenas da Colômbia (48), Guatemala (20) e México (18).

Por Itana Oliveira

A defesa do meio ambiente no Brasil é um desafio histórico. O desrespeito às culturas nativas, a mineração e garimpo ilegais, além de colocar a natureza em risco, extermina os defensores da causa. Em 2024, o país foi o quarto que mais matou ativistas ambientais, segundo relatório da ONG Global Witness, publicado nesta quarta-feira (17/09). Com 12 mortes no ano passado, ficou atrás apenas da Colômbia (48), Guatemala (20) e México (18).

 

De acordo com a pesquisa, metade dos mortos eram pequenos agricultores, quatro indígenas e um ativista negro. Embora as estatísticas apontem redução nos assassinatos em relação a 2023, o número de ameaças de morte, tentativas de intimidação e homicídios cresceu. 

 

Dados da Comissão Pastoral da Terra apontam, no ano passado, 481 tentativas de assassinato (44% indígenas e 27% contra comunidades quilombolas). No Brasil, desde 2012, quando foram iniciadas as apurações, 413 defensores ambientais foram mortos ou desaparecidos. 

 

A questão, que acompanha o país desde a colonização e exploração de terras, se intensificou no governo Bolsonaro, quando o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deu carta branca para o desmatamento ilegal. Agora cabem medidas que revertam o processo e protejam as vidas em risco.