Juros altos. Inadimplência crescente
Um dos vilões do endividamento é o cartão de crédito. Afinal, os juros do rotativo, modalidade mais cara, chegaram a 443,3% ao ano. Pesquisa feita com 921 consumidores negativados revelou que o dinheiro de plástico é a principal fonte de dívidas, citado por 69% dos entrevistados.
Por Ana Beatriz Leal
Diante de uma Selic em patamar tão alto, hoje em 14,75% ao ano – o Copom (Comitê de Política Monetária) deve decidir até esta quarta-feira (18/06) se mantém a taxa básica de juros. O número de brasileiros com o nome negativado chegou a 77 milhões, de acordo com o Mapa da Inadimplência da Serasa. Ou seja, quatro em cada 10 adultos no país estão com contas atrasadas. Explorador, o sistema financeiro é responsável por boa parte do endividamento.
O segmento responde por 27,8% de todos os débitos em atraso, incluindo cartões de crédito, empréstimos e cheque especial. Hoje são 35 milhões de consumidores com pendências com bancos. No total, são mais de 65 milhões de dívidas bancárias registradas no Brasil.
Um dos vilões do endividamento é o cartão de crédito. Afinal, os juros do rotativo, modalidade mais cara, chegaram a 443,3% ao ano. Pesquisa feita com 921 consumidores negativados revelou que o dinheiro de plástico é a principal fonte de dívidas, citado por 69% dos entrevistados.
Depois surgem empréstimos pessoais (56%) e o uso do cheque especial ou limite da conta (31%). Apesar das dificuldades, quase metade dos entrevistados (46%) já tentou negociar dívidas com os bancos e não conseguiu condições viáveis.