Início do fim da distorção tributária

Desde o início das discussões, o projeto enfrentou resistência de setores que se beneficiavam da regressividade do sistema, mas avançou graças à mobilização da base governista e à pressão popular por um imposto mais justo. Agora, o texto aguarda votação no Senado, onde Haddad pede urgência para que entre em vigor em 2026. 

Por Camilly Oliveira

Após décadas de um sistema que penalizava os trabalhadores e premiava o topo da pirâmide, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês corrige uma distorção que mantinha o peso fiscal sobre quem mais produz. O ministro da Fazenda Fernando Haddad deixou claro que a proposta, no Senado, não cria brechas, não ameaça o equilíbrio fiscal e devolve justiça a milhões de brasileiros.

 


Desde o início das discussões, o projeto enfrentou resistência de setores que se beneficiavam da regressividade do sistema, mas avançou graças à mobilização da base governista e à pressão popular por um imposto mais justo. Agora, o texto aguarda votação no Senado, onde Haddad pede urgência para que entre em vigor em 2026. 

 


A medida estabelece um novo pacto de responsabilidade social: quem ganha mais, paga mais. O imposto mínimo sobre rendas superiores a R$ 50 mil mensais atinge apenas 141 mil pessoas, a elite econômica que usufruía de uma alíquota efetiva de 2,5%. São os mesmos que sempre lucraram com brechas fiscais e narrativas de austeridade. 

 


O ganho médio anual de R$ 3,5 mil por trabalhador isento é mais do que um alívio financeiro, é um sinal político. Entre discursos de “responsabilidade fiscal” e a prática de proteger privilégios, Haddad escolheu o caminho mais difícil: o da equidade.