Trabalhadores contra ataque

A proposta, ainda não protocolada, entrega o serviço público à lógica do mercado, reduz concursos, amplia contratos temporários e terceirizados e impõe uma tabela salarial unificada que desrespeita a complexidade dos cargos.

Por Julia Portela

O serviço público brasileiro está sob ataque. A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público convoca trabalhadores e movimentos sociais a Brasília no próximo dia 29/10 para resistir à reforma administrativa que ameaça transformar servidores em mão de obra barata e submissa às empresas privadas. A mobilização é uma resposta à ofensiva ultraliberal que ignora direitos e precariza vidas.

 

 

A proposta, ainda não protocolada, entrega o serviço público à lógica do mercado, reduz concursos, amplia contratos temporários e terceirizados e impõe uma tabela salarial unificada que desrespeita a complexidade dos cargos. É um ataque direto à estabilidade, à valorização profissional e à função social do serviço público.

 

 

A história recente mostra que este é um movimento recorrente: durante a pandemia, a PEC 32 tentou retirar a estabilidade dos servidores. Repetir essa lógica agora aprofundaria a exclusão social, dificultando o acesso da população a serviços essenciais e consolidando o desmonte do Estado.

 

 

A reforma privilegia os super-ricos e o capital privado, enquanto precariza servidores e sucateia serviços que deveriam atender a população. É uma proposta que ignora a necessidade social e transfere recursos públicos para quem já concentra riqueza, aumentando desigualdades.

 

 

A marcha em Brasília não é apenas simbólica: é uma ação de resistência concreta contra o ataque aos trabalhadores. Defender o serviço público é defender direitos, emprego e acesso da população a serviços dignos, enfrentando a lógica que torna humanos em descartáveis.