Manifestação para garantir agência do Itaú em Cruz das Almas
Uma das prioridades do movimento dos trabalhadores do sistema financeiro, hoje, é a mobilização da categoria e da sociedade para conter a onda de fechamento de agências posta em prática pelos bancos para maximizar os lucros. Mais uma irresponsabilidade social do rentismo.
Por Rogaciano Medeiros
Uma das prioridades do movimento dos trabalhadores do sistema financeiro, hoje, é a mobilização da categoria e da sociedade para conter a onda de fechamento de agências posta em prática pelos bancos para maximizar os lucros. Mais uma irresponsabilidade social do rentismo.
Foi justamente com esta intenção que o Sindicato dos Bancários, a Federação da Bahia e Sergipe, vereadores, comerciantes locais e a população de Cruz das Almas promoveram ontem uma grande manifestação na porta do Itaú, para protestar contra o fechamento da unidade do banco na cidade, anunciado para quarta-feira.
O diretor do Sindicato Ricardo Guimarães chamou atenção para “ o transtorno para os mais de 1.300 trabalhadores que recebem os salários pelo banco, mais de 1 mil correntistas aposentados e todos os outros correntistas”.
A agência é responsável pelo atendimento de mais de 8 mil clientes, em um município com cerca de 63 mil habitantes. O fim do funcionamento do Itaú significa demissões de bancários, prejuízos para o comércio e toda a economia municipal, além de sacrifícios principalmente para as populações mais pobres sem acesso à internet, que têm de se deslocar para outros municípios para fazer simples operações bancárias, como o saque da aposentadoria.
Ricardo Guimarães destaca o perigo no deslocamento de uma cidade para outra, afinal para chegar ao município mais próximo o cidadão terá de enfrentar 43 quilômetros de BR, com tráfego intenso de veículos pesados.
Inclusive, o problema foi motivo de audiência pública realizada anteontem, na Câmara Federal. Entre 2021 e 2025, na Bahia, cerca de 4 mil bancários perderam o emprego devido o fechamento de 149 agências em 36 municípios. A usura do rentismo não tem limite.