Demissões no Santander são resultado da ganância 

As demissões acontecem diariamente, enxugando, e muito, o quadro de pessoal. Nos três primeiros meses deste ano, 401 empregos foram eliminados em todo o Brasil. Em contrapartida, a base de clientes aumentou em 4,0 milhões em relação a março de 2023, somando 67,1 milhões. O resultado é a sobrecarga de trabalho, cobrança excessiva por metas e atendimento deficitário para a clientela.

Por Ana Beatriz Leal

Do jeito que vai, daqui a pouco as agências do Santander só terão caixas eletrônicos e mobiliário. O banco espanhol, que triplicou a lucratividade no primeiro trimestre de 2024 – foram R$ 3 bilhões –, além de fechar centenas de pontos de atendimento, tem retirado as portas giratórias e vigilantes das unidades que ainda existem e demitido bancários a todo momento.


As demissões acontecem diariamente, enxugando, e muito, o quadro de pessoal. Nos três primeiros meses deste ano, 401 empregos foram eliminados em todo o Brasil. Em contrapartida, a base de clientes aumentou em 4,0 milhões em relação a março de 2023, somando 67,1 milhões. O resultado é a sobrecarga de trabalho, cobrança excessiva por metas e atendimento deficitário para a clientela.


A lógica do banco, extremamente equivocada, é cortar postos de trabalho para reduzir despesas. Como se precisasse. A exploração é marca registrada da empresa, que viu o lucro crescer 41,2% no comparativo anual (primeiro trimestre) e a receita com tarifas e prestação de serviços somar R$ 4,886 bilhões, crescimento de 12,8%.