Suspensão da VPN: Caixa peca nas condições de trabalho
Em visita ao local, nesta quarta-feira (23/07), os diretores Érico de Jesus, do Sindicato dos Bancários da Bahia, e Karem Santana, da Federação da Bahia e Sergipe, constataram os problemas no hotel Deville.
Por Ana Beatriz Leal
Após a suspensão da VPN (Rede Privada Virtual), ferramenta que possibilita o trabalho remoto e o acesso a sistemas internos do banco, a Caixa realocou os empregados de Salvador para o hotel Deville. O problema é que a instituição não tem oferecido condições de trabalho, colocando em risco a segurança e a saúde dos trabalhadores.
Em visita ao local, nesta quarta-feira (23/07), os diretores Érico de Jesus, do Sindicato dos Bancários da Bahia, e Karem Santana, da Federação da Bahia e Sergipe, constataram os problemas. Além da falta de ergonomia, não há local para refeição. Os empregados têm de levar o próprio almoço, mas têm de comer frio, já que não há onde esquentar. Se quiser almoçar fora, é preciso preparar o bolso. O custo é alto.
O estacionamento, além de pago, é pequeno, não dá para todos. Como a Caixa suspendeu o pagamento do transporte por aplicativo, o trabalhador tem de pagar as corridas, que chegam a variar de R$ 80,00 a R$ 100,00 (ida e volta), diariamente. Nem todos os funcionários possuem carro particular, portanto, os custos são inviáveis.
O ponto de ônibus fica a cerca de 1km do hotel, que está localizado em uma área relativamente isolada. Ou seja, o empregado ainda corre o risco com o notebook em mãos. Em um cenário de assalto, por exemplo, o empregado pode ser forçado a reembolsar a Caixa pelo prejuízo do equipamento de trabalho. Sem contar com o trauma da violência.
Não dá para responsabilizar os trabalhadores pela falta de compromisso da Caixa em disponibilizar um local com condições adequadas de trabalho. O Sindicato e a Feeb defendem o retorno urgente do pagamento do transporte por aplicativo e a ergonomia de mesas e cadeiras.