BB: lucro cai. Mas o crédito avança
O avanço expressivo reforça o papel do Banco do Brasil como instrumento de fomento à economia, especialmente em um período de incertezas.
Por Julia Portela
Ao contrário dos bancos privados, que fecham agências e demitem para priorizar os canais digitais que excluem milhões de pessoas dos serviços bancários, o BB mantém compromisso com a retomada do desenvolvimento e com o atendimento à população.
Os números do primeiro semestre mostram, embora à primeira vista pareçam baixos. No segundo trimestre de 2025, o banco ampliou a carteira de crédito, que atingiu R$ 1,3 trilhão no fim de junho, crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior e de 11,2% em 12 meses.
O avanço expressivo reforça o papel do Banco do Brasil como instrumento de fomento à economia, especialmente em um período de incertezas. Desde que a democracia social retornou ao poder central, a atuação é pautada por uma lógica que vai além do lucro. Aposta no desenvolvimento, na inclusão financeira e no compromisso com o povo.
Por outro lado, pressionado por novas regras contábeis e pelo aumento da inadimplência em alguns segmentos específicos, o lucro líquido no primeiro semestre caiu 40,7%, fechando em R$ 11,2 bilhões. No segundo trimestre, o resultado foi de R$ 3,8 bilhões, 60% a menos do que no mesmo intervalo de 2024.
O índice de inadimplência também apresentou alta, chegando a 4,21% no segundo trimestre, puxado especialmente pelo chamado “agro de exportação”, setor com alto índice de crédito concedido, mas que hoje lidera os calotes. Apesar de receber generosas linhas de financiamento, o segmento, aliado fiel da extrema direita bolsonarista, acumula dívidas elevadas, ao mesmo tempo, em que é associado a práticas predatórias como desmatamento e exploração de trabalho análogo à escravidão.