Garantias reais são cobradas na Caixa

Na mesa de negociação permanente realizada no Rio de Janeiro, a CEE (Comissão Executiva dos Empregado) cobrou explicações sobre a reestruturação anunciada pela Caixa, que insiste em chamar de reposicionamento. A direção do banco afirmou que não haverá perdas financeiras, mesmo diante do fechamento de agências e realocações de trabalhadores. 

Por Camilly Oliveira

Na mesa de negociação permanente realizada no Rio de Janeiro, a CEE (Comissão Executiva dos Empregado) cobrou explicações sobre a reestruturação anunciada pela Caixa, que insiste em chamar de reposicionamento. A direção do banco afirmou que não haverá perdas financeiras, mesmo diante do fechamento de agências e realocações de trabalhadores. 

 


A CEE alertou para riscos concretos de impacto sobre caixas, tesoureiros e unidades atingidas pelo processo, além de criticar a falta de diálogo que antecedeu as mudanças.

 


A reunião não se restringiu ao tema da reestruturação, entrou em pauta problemas urgentes, como a instabilidade do VPN que compromete o trabalho remoto, a imposição de regras sobre o home office, o polêmico programa Super Caixa e a segurança bancária. 

 


A representação dos empregados exigiu critérios claros para o teletrabalho, denunciou o caráter punitivo e desigual do “Super Caixa”, que transfere o peso das metas para as agências, e cobrou garantias de proteção a quem enfrenta situações de violência, golpes e auxiliam em investigações policiais.

 


A Caixa respondeu com autocrítica, reconheceu falhas de comunicação e prometeu corrigir fluxos, preservar acordos já estabelecidos sobre home office e revisar procedimentos de segurança. Apesar disto, as contradições entre discurso e prática ficaram evidentes, reforçando a necessidade de vigilância. 

 


A próxima rodada de negociações ocorre nos dias 18 e 19 de setembro, em Belo Horizonte, quando estarão em debate o Saúde Caixa e os pontos permanentes da mesa, em um cenário em que os trabalhadores seguem atentos para que nenhuma mudança venha às custas de direitos.