Investimento estrangeiro bate recorde no Brasil
O dado desmonta o discurso dos defensores do Estado mínimo, que insistem em pintar o Brasil como “hostil ao mercado” sob gestões progressistas.
Por Julia Portela
Sob o governo Lula, o Brasil atingiu o maior volume de investimento estrangeiro direto (IED) da história: US$ 1,141 trilhão. O número, divulgado pelo Banco Central, equivale a 46,6% do PIB (Produto Interno Bruto) e mostra a confiança internacional renovada no país após anos de desmonte promovido por governos alinhados à agenda ultraliberal.
O dado desmonta o discurso dos defensores do Estado mínimo, que insistem em pintar o Brasil como “hostil ao mercado” sob gestões progressistas. Ao contrário, o crescimento do investimento estrangeiro se dá exatamente em um momento de reconstrução econômica e fortalecimento do papel do Estado como indutor do desenvolvimento, uma marca do governo atual.
Do total registrado, US$ 884,8 bilhões referem-se à participação direta no capital de empresas, ou seja, estrangeiros tornando-se sócios em empreendimentos nacionais. Outros US$ 256,4 bilhões correspondem a operações intercompanhia, como empréstimos entre empresas do mesmo grupo. Ambos os tipos de aporte têm caráter estrutural e de longo prazo, diferente da especulação financeira que dominou os anos anteriores.
O perfil produtivo do investimento indica uma aposta no crescimento sustentável da economia brasileira, com impactos diretos sobre a geração de empregos, aumento da capacidade instalada e elevação da produtividade. É resultado de um governo que aposta no trabalho, na industrialização e na soberania nacional, exatamente o oposto do que foi praticado durante os anos de austeridade e privatizações.