Itaú pressionado a negociar demissões
O discurso de “transformação digital” segue sendo usado como cortina de fumaça para cortes em massa e ataques aos direitos históricos.
Por Julia Portela
O Itaú segue sem apresentar qualquer acordo diante das mais de mil demissões arbitrárias realizadas em 8 de setembro. Em São Paulo, estado que concentrou o maior número de desligamentos, a representação sindical acionou o Tribunal Regional do Trabalho após o banco se recusar a dialogar com o movimento sindical.
Na audiência de mediação, realizada nesta quarta-feira (01/10), a postura intransigente da direção do banco permaneceu. Sem acordo, o TRT concedeu 48 horas para que o Itaú apresente uma proposta concreta e convocou nova audiência para sexta-feira (3/10).
O discurso de “transformação digital” segue sendo usado como cortina de fumaça para cortes em massa e ataques aos direitos históricos. O banco não tem plano de reposição de vagas. O único objetivo é acelerar a automação e aprofundar o desmonte da força de trabalho.
Trabalhadores com décadas de dedicação foram descartados sem qualquer aviso ou justificativa plausível. Não houve diálogo, tampouco respeito. É urgente barrar a ofensiva, defender o emprego e exigir respeito aos direitos dos bancários. Justiça e reparação imediata aos demitidos é o mínimo aceitável.