Santander intensifica o controle

O Santander amplia o controle e a pressão sobre os funcionários. Sob o discurso de meritocracia e reconhecimento, o banco impõe um sistema de vigilância digital e cobrança permanente por resultados, que gera ansiedade e adoecimento.

Por Rose Lima

O Santander amplia o controle e a pressão sobre os funcionários. Sob o discurso de meritocracia e reconhecimento, o banco impõe um sistema de vigilância digital e cobrança permanente por resultados, que gera ansiedade e adoecimento.

 


Programas como Mais Certo, Modelo Certo, StarmeUp e Santander Star transformam cada tarefa em dados e rankings. Tudo é monitorado: vendas, cliques e até comportamentos. O trabalhador inicia o mês com um placar visível em tempo real e sabe que cada movimento é acompanhado pelos gestores e superintendentes.

 


As metas diárias e semestrais, ligadas ao NPS (índice de satisfação do cliente), tornaram-se instrumento de punição. Mesmo fatores fora do alcance do bancário, quando a insatisfação é resultado das tarifas ou juros extorsivos, são usados para medir desempenho.

 


Reuniões de cobrança, mensagens fora do expediente e via WhatsApp e comparações públicas alimentam uma cultura de medo e competição. No Santander, a busca por metas virou sinônimo de vigilância e desgaste, transformando a rotina em um campo permanente de pressão e terror.