Combate à violência digital contra as mulheres
A campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres, que segue até o dia 10 de dezembro, este ano traz como tema “Una-se para Acabar com a Violência Digital contra Todas as Mulheres e Meninas”. Um debate importante, diante da nova realidade.
Por Ana Beatriz Leal
Com o avanço da tecnologia, inclusive a Inteligência Artificial, tem crescido em todo o mundo também a violência digital. Assédio baseado em compartilhamentos sem consenso de imagens íntimas, cyberbullying, trollagem e ameaças online, deepfakes gerados por IA como fotos sexualmente explícitas são só alguns dos males que afligem as mulheres, que não estão seguras nas ruas nem nas redes.
A campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres, que segue até o dia 10 de dezembro, este ano traz como tema “Una-se para Acabar com a Violência Digital contra Todas as Mulheres e Meninas”. Um debate importante, diante da nova realidade.
A Inteligência Artificial tem criado novas formas de abusos e agravado as já existentes. Segundo pesquisas realizadas pela ONU Mulheres, de 90% a 95% de todos os deepfakes online são imagens pornográficas não consensuais, a maioria, 90%, retratam o sexo feminino.
Entre 2022 e 2023, o Brasil registrou alta de absurdos 830% em crimes com deepfake, de acordo com o Relatório de Fraude de Identidade de 2023 da empresa de segurança digital Sumsub.
Não há segurança para a mulher nem do outro lado de tela. São crimes que violam direitos, destroem reputação e causam danos psicológicos. Urgentemente, é preciso mudar a cultura machista e misógina da sociedade que, muitas vezes, ainda silencia e culpa a vítima.
