Itaú na mira do GT de Saúde

A pressão garantirá a presença de responsáveis por áreas sensíveis nas próximas reuniões, além da reescrita de comunicados que hoje funcionam como instrumento de coerção. As entidades deixaram claro que não aceitam retrocessos e exigem respeito à condição de quem está adoecido.

Por Camilly Oliveira

O GT (Grupo de Trabalho) de Saúde confrontou o Itaú após uma série de denúncias que expôs um conjunto de práticas abusivas na gestão do banco. A reunião respondeu as convocações irregulares para ACL (Avaliação de Capacidade Laborativa), ao canal de denúncias frágil e as falhas persistentes do IU Conecta, que bloqueiam direitos de trabalhadores afastados. 

 


O problema é resultado de uma política que não liga para limites legais e amplia o adoecimento. As cobranças forçaram o banco a rever fluxos, a explicar descontos salariais e assumir compromissos formais diante de casos de assédio.

 


O GT sustenta a defesa da dignidade dos trabalhadores diante de práticas que aprofundam o sofrimento. A insistência do Itaú em acionar empregados com contrato suspenso, somada a um canal de denúncias incapaz de resguardar quem faz a denúncia, revela uma estrutura que coloca vigilância acima de cuidado.

 


A pressão garantirá a presença de responsáveis por áreas sensíveis nas próximas reuniões, além da reescrita de comunicados que hoje funcionam como instrumento de coerção. As entidades deixaram claro que não aceitam retrocessos e exigem respeito à condição de quem está adoecido.

 


A diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Luciana Dória, destacou que “a reunião foi crucial para expor situações graves que prejudicam funcionários adoecidos, seja durante a licença, seja enquanto aguardam perícia do INSS. Cobramos ao banco a revisão, com urgência, do modelo de convocações para exames médicos, pois não é aceitável tratar profissionais em condição de vulnerabilidade dessa forma. Além disso, solicitamos melhorias imediatas no IU Conecta, já que falhas e atrasos no envio de documentos pelos gestores causam prejuízos inaceitáveis”.