Educação superior segue desigual

A desigualdade de renda, que atinge os brasileiros mais pobres em todas as frentes, impede o acesso e a permanência no ensino superior.

Por Julia Portela

A nova pesquisa do IBGE escancara a distância social que molda o acesso à educação no Brasil. As crianças mais vulneráveis somavam, ano passado, 41% dos alunos na pré-escola, mas, somente 12% desse público consegue chegar à universidade pública. O dado reforça que o país continuar a negar oportunidades a quem mais precisa.

 

 

No ensino superior privado, 6,8% dos estudantes pertencem à faixa de menor rendimento, enquanto os 20% mais ricos ocupam 28% das vagas das universidades públicas. Quer dizer, o financiamento público acaba, na prática, beneficiando majoritariamente quem já dispõe de condições econômicas mais favoráveis.

 

 

A desigualdade de renda, que atinge os brasileiros mais pobres em todas as frentes, impede o acesso e a permanência no ensino superior. Não se trata de falta de interesse, mas de uma realidade marcada por jornadas exaustivas, necessidade imediata de renda e ausência de políticas de permanência que garantam estudo e trabalho sem sacrificar a sobrevivência.