Nenhuma agência a menos
A Caixa tem missão social que não pode ser submetida ao receituário ultraliberal de encolhimento do Estado e privatização disfarçada
Por Julia Portela
O fechamento de agências da Caixa representa mais um ataque direto aos direitos da população e às condições de trabalho dos empregados. O Sindicato dos Bancários da Bahia destaca, nas visitas realizadas às unidades, a necessidade de garantir que nenhum trabalhador seja prejudicado e todos tenham direito à realocação em locais de sua preferência, com condições dignas e segurança no exercício da função.
A decisão de fechar unidades desrespeita o caráter público da Caixa, instituição fundamental na implementação de políticas sociais essenciais. A redução da capilaridade do banco atinge principalmente regiões que já sofrem com a falta de serviços bancários, aprofundando desigualdades e limitando o acesso da população a programas sociais que sustentam milhões de famílias brasileiras.
Enquanto bancos privados operam sob a lógica exclusiva do lucro, a Caixa tem missão social que não pode ser submetida ao receituário ultraliberal de encolhimento do Estado e privatização disfarçada. A defesa do fortalecimento da instituição passa pela ampliação de agências, especialmente em municípios onde é a única presença bancária, garantindo atendimento público, inclusivo e de qualidade.
O fechamento das unidades representa retrocesso e abandono das necessidades sociais mais básicas. A Caixa deve cumprir seu papel histórico e estratégico no desenvolvimento do país, assegurando atendimento onde o mercado não quer atuar e protegendo os trabalhadores que sustentam o funcionamento do banco.
Nesta semana, novas visitas às agências continuam reforçando o compromisso do sindicato em fazer a categoria resistir ao desmonte e defender a Caixa como patrimônio público do povo brasileiro.
