Insatisfação generalizada com o programa Super Caixa
O Super Caixa, lançado pelo banco para vigorar como novo modelo de remuneração variável a partir do segundo semestre deste ano, provoca insatisfação generalizada entre os empregados e o movimento sindical.
Por Rose Lima
O Super Caixa, lançado pelo banco para vigorar como novo modelo de remuneração variável a partir do segundo semestre deste ano, provoca insatisfação generalizada entre os empregados e o movimento sindical. Criado de forma unilateral, o sistema altera critérios de participação, cálculo e pagamento, além de elevar as exigências para habilitação. As mudanças dificultam o acesso ao benefício, sobretudo para quem atua nas agências.
Não para por aí. O novo formato aumenta a pressão nas unidades e se apoia em métricas consideradas excessivamente técnicas, pouco transparentes e que atingem toda a equipe, independentemente do esforço individual.
Desde a implantação, o movimento sindical denuncia que o programa desconsidera o ambiente real das agências, marcadas por equipes reduzidas e por uma crescente demanda decorrente da operação de políticas públicas, mas a Caixa ignora os apelos.
São diversos os pontos questionados, como as metas de habilitação atreladas ao desempenho coletivo, mesmo em situações que fogem ao controle dos empregados; indicadores de difícil compreensão, que tornam o cálculo da premiação pouco claro; mecanismos que punem a unidade como um todo, gerando tensão interna; pressão intensificada por resultados, com risco de adoecimento; falta de negociação com o movimento sindical, rompendo o compromisso de diálogo permanente; impacto direto na remuneração, já que o Super Caixa substitui modelos anteriores considerados mais previsíveis.
