Quando o trabalho arrisca a vida

Os números são estarrecedores. É como se o trabalhador fosse uma máquina que, ao quebrar, pode ser facilmente substituído.

Por Itana Oliveira

O ambiente de trabalho parece nocivo por todos os lados. A saúde parece sempre estar em risco e a necessidade financeira leva funcionários, muitas vezes, a situações deploráveis. Segundo dados do AEAT 2023 (Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho da Previdência), 83,65 acidentes de trabalho ocorrem por hora no Brasil. Em um dia, o número ultrapassa dois mil casos. 

 

Entre 2013 e 2023, foram registrados 6.810.735 acidentes. No mesmo período, 27.484 pessoas morreram e 1.569.684 necessitaram de afastamento por mais de 15 dias, sem contar as subnotificações.

 

Os números são estarrecedores. É como se o trabalhador fosse uma máquina que, ao quebrar, pode ser facilmente substituído. Morrer não é a única possibilidade, corpos são frequentemente mutilados, braços, pernas e dedos muitas vezes decepados. A realidade é dolorosa. 

 

Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizar e acolher denúncias. Empresas que negligenciam a saúde do funcionário devem ser exemplarmente punidas.