Sem valorização do mínimo, piso seria menor

Apesar dos esforços da democracia social, o salário mínimo ideal, se a Constituição fosse obedecida, seria de R$ 7.638,62 em abril, aponta dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Por Ana Beatriz Leal

Apesar dos esforços da democracia social, o salário mínimo ideal, se a Constituição fosse obedecida, seria de R$ 7.638,62 em abril, aponta dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

 


Hoje, o trabalhador recebe R$ 1.518,00. É baixo, mas, sem dúvida, a situação estaria pior sem a política de valorização do piso. O primeiro reajuste foi definido pelo governo Lula em 2004. 

 


A política de valorização do salário mínimo sofreu interrupção e foi abandonada por Bolsonaro logo no primeiro mandato, em 2019. Uma clara demonstração da servidão ao setor empresarial, apesar do prejuízo para os trabalhadores e o crescimento do Brasil. 

 


O Dieese calcula o salário necessário para suprir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas com base no valor da cesta básica mais cara. Em março, os custos mais altos foram verificados em São Paulo (R$ 909,25), Florianópolis (R$ 858,20) e Rio de Janeiro (R$ 849,70). Já os mais baratos em Aracaju (R$ 579,93), Salvador (R$ 632,12) e João Pessoa (R$ 641,57).