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COLUNA SAQUE

SERÍSSIMO

Quebrar regras sempre gera consequências trágicas. Atrai o caos. Péssimo sinal para o esforço da sociedade brasileira pela retomada do Estado democrático de direito, a decisão do Exército de considerar que o general Pazuello não transgrediu normas militares, apesar do caráter claramente político-eleitoral e até golpista do ato que participou ao lado de Bolsonaro.

 

INQUIETAÇÕES

A perigosa impunidade concedida ao general Pazuello gera desassossego. A decisão tem apoio da maioria do alto oficialato do Exército? Qual a posição da Marinha e da Aeronáutica? Diante da quebra de regras militares sagradas, até que ponto o episódio compromete a fidelidade das Forças Armadas à Constituição, o que inclui respeito ao resultado das urnas? Indagações.

 

TENSÃO

O caso Pazuello é gravíssimo, com repercussão mundial. O general Sérgio Etchegoyen, ex-GSI de Temer, classifica como “indefensável”. Para Raul Jungman, ex-ministro da Defesa, “é hora de reagir, antes que seja tarde”. O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiro, prefere acreditar que o Exército tenha feito um “movimento de recuo e não de capitulação”. 

 

REFLEXOS

“A vida é isto: ficar se equilibrando, o tempo todo, entre escolhas e consequências”. Mais cedo ou mais tarde, e provavelmente muito em breve, o Exército experimentará, na prática, o sentido do pensamento do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre. O “perdão” a Pazuello terá sérios reflexos negativos no conjunto das Forças Armadas. Preocupa muito.

 

PODRIDÃO

Bem mais rápido do que se imaginava, o lixo golpista que infectou o sistema de justiça e pariu Bolsonaro continua a ser expelido. Depois de Dallagnol e Moro, desmoralizados internacionalmente, com provas fartas e irrefutáveis, agora é a vez de Bretas ser desmascarado. O juiz da Lava Jato no Rio é acusado pela revista Veja de negociar pena. Acusação desmoralizante.

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