COLUNA SAQUE
FORMIDÁVEL
O apoio de 76% da população às críticas de Lula contra as altas taxas de juros no Brasil - maiores do mundo - como mostra a pesquisa Quaest, primeira realizada no novo governo, confirma o apoio esmagador da sociedade aos reclames do presidente. Resta agora descobrir como utilizar o este isolamento do mercado para enquadrar o BC na democracia social.
ARTIFÍCIO
Meia verdade, a argumentação de que os juros altos não interessam ao sistema financeiro e que a queda no lucro dos bancos seja a maior prova. Sob o artifício de PDD (Provisão para Devedores Duvidosos), muitas empresas chegam a abater até 25% da lucratividade líquida, como o Bradesco. Mas, na real, o dinheiro continua no cofre. O rentismo adora Selic a 13,75%.
SATISFATÓRIO
Diante de uma conjuntura política na qual a extrema direita continua fustigando, a milícia virtual espalhando fake news a todo vapor, não deixa de ser relevante a aprovação de 40% do governo Lula entre ótimo e bom, conforme a pesquisa Quaest/Genial. Frações poderosas das elites conspiram pelo fracasso. O BC manter a Selic em 13,75% é um exemplo concreto.
ESTIMULANTES
Dois dados interessantes na pesquisa Quaest/Genial: para 64% dos brasileiros, Lula se preocupa com o ser humano, enquanto 60% afirmam que ele será um presidente melhor do que foi Bolsonaro. A expectativa é grande e isto fica claro nos 24% que consideraram o novo governo como regular. Mais motivos para Haddad falar grosso com Campos Neto, do BC. Logo.
RESPALDO
Redução da pobreza, superação da fome, defesa da democracia e preservação rigorosa do meio ambiente. São projetos inegociáveis do governo Lula, que para efetivá-los vai precisar, e muito, do respaldo popular. A mobilização dos movimentos sociais é preponderante para botar o povo nas ruas pelas reformas. Do contrário pode ficar no meio do caminho.
