COLUNA SAQUE
ERRO HISTÓRICO
A burocratização das esquerdas a partir da assunção ao poder central (2003) e o abandono das bases, assumidas pelas igrejas evangélicas com a reacionária Teologia do Domínio, estão no âmago das sabotagens de hoje contra a democracia social. Também facilitaram a farsa do impeachment (2016), a prisão ilegal de Lula e a eleição de Bolsonaro. Vitaminaram o fascinazismo.
É URGENTÍSSIMA
A retomada da mobilização popular como um dos pilares básicos para a neutralização da escalada fascinazista no Brasil precisa ser, hoje, urgência urgentíssima do campo progressista, com a certeza de não haver uma resposta à altura, de imediato. Afinal, trata-se de uma construção, complexa e difícil. Por isto mesmo, quanto mais cedo começar, melhor.
COM AUTORIDADE
A sugestão para que Lula, ao invés de recorrer ao STF, recorra às ruas, parte de um militante experiente, de excelente formação, participação na guerrilha do Araguaia (1967-1974), ex-deputado federal e ex-presidente do PT. José Genoíno fala com a autoridade de quem enfrentou a direita e a extrema direita nos planos político, institucional e militar. Custa nada ouvi-lo.
MELHOR CAMINHO
A militância de esquerda sem informação privilegiada, que não frequenta os corredores do poder, fica intrigada, sem saber o motivo de o governo, o PT e demais partidos progressistas, inclusive a maioria dos movimentos sociais, investirem tão pouco em mobilização popular. O povo nas ruas é o meio mais eficiente para enfrentar a extrema direita incrustada no aparelho estatal.
COMBINA NÃO
Apesar dos ataques dos golpistas, a democracia tem resistido, muito em função da firmeza constitucional do STF. Porém, as elites se esforçam por uma candidatura presidencial que se comprometa com a legalidade e ao mesmo tempo toque a agenda ultraliberal. Combinação dificílima, pois o ultraliberalsimo só sobrevive no arbítrio. Vide Bolsonaro, Tarcísio e Cia.