COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
SINAL ANIMADOR
A excelente participação da sociedade nos atos de domingo, convocados de última hora, contra o projeto da dosimetria e o aumento do feminicídio, entre outras bandeiras civilizatórias, revela condições objetivas favoráveis ao avanço da mobilização popular. As forças progressistas, especialmente o movimento sindical, precisam apostar mais em povo nas ruas. A hora é esta.
NA EXPECTATIVA
Após a boa presença popular nos protestos em diversas cidades do Brasil, domingo, fica na sociedade a expectativa de conseguir impedir o avanço do projeto da dosimetria, que na prática significa impunidade para golpistas, como aconteceu em setembro passado, quando o povo nas ruas derrubou a PEC da bandidagem. A situação atual envolve interesses bem maiores.
COM DIPLOMACIA
Queiram ou não os cães de guarda do império, a retirada do ministro Alexandre de Moraes, do STF, da Lei Magnitsky (EUA), uma grave violação à soberania nacional, representa, sem dúvida, vitória diplomática de Lula sobre Trump. E, de contrapeso, um “sossega aiá” em Bolsonaro, nos bolsonaristas e em toda a súcia fascinazista. “Perderam, manés”, de novo.
PAGANDO PECADOS
Juristas e demais operadores do Direito garantem que a renúncia não livra Carla Zambelli (PL-SP) da inelegibilidade porque dias antes da manobra, guiada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (PR-PB), a deputada já tinha tido o mandato cassado pelo STF. Mais uma vez ela quebra a cara. Quando fugiu, disse que na Itália não seria presa. Está na cadeia. A conta chegando.
IRRITANTE GOLPISMO
“Eu inventei um termo, que tá pegando muito bem, que é: o Brasil vive em um estado de coisas golpista. Permanentemente nós estamos sem dormir porque sempre temos o problema e o perigo… um estado permanente de golpismo”. Análise do jurista Lenio Streck, que interpreta fielmente a realidade nacional, diante dos ataques da extrema direita à Constituição.
